quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Morrer cantando...

Se é mito que cigarras cantam até a morte, então hoje, 04 de dezembro de 2013 eu presenciei um "mito" nas primeiras horas do dia.
Na varanda da minha casa, que fica próxima à entrada da TUrMA, ouvi o terceiro canto de cigarra desta temporada de cantoria. Ao chegar ao local, lá estava ela, agonizando.
Peguei o equipamento para filmar e fiquei aguardando mais um canto. Ela estava imóvel e pensei que já tivesse morrido.
Mas, como podem conferir na imagem, ela ainda tentou. E como toda "boa" cigarra, que começa seu canto "patinando", ela emitiu apenas dois estalidos... Esvaiu-se.

Agora, seu exoesqueleto está comigo, ornando minha sala. Essa foi a primeira cigarra que vi morrer cantando. Seu último canto não consegui filmar, mas a última tentativa, sim. Como se pode conferir no vídeo, foram dois toques, como se duas batidas fossem dadas à porta de um novo mundo. Ou o som do aceno da despedida...
No início da tarde outro belo morador da TUrMA veio se alimentar. Deixo comida para ele bem na entrada da trilha, onde inicia a escadaria. É um belo guardião. Se tiver cobra por ali, ele terá a sorte de saborear a rastejante iguaria.
Desde o dia 25 de novembro ausentei-me da TUrMA. Uma pausa imposta por circunstâncias adversas. Já que eu não estou indo, alguns moradores vêm. Me provocam.
Na manhã do dia 09 de dezembro convidados especiais, ambientalistas do IVC (Instituto Viva Cidade), farão uma incursão no primeiro trecho da trilha. Será a ocasião para superar e recomeçar. 

Postagens anteriores:
Bosque dos palmitos, na TUrMA
TUrMA sendo aberta e os primeiros acidentes
Vem pra TUrMA

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja bem-vinda(o) à TUrMA - Trilha Urbana na Mata Atlântica